Mais conhecido por baratear ligações e facilitar
videoconferências, o Skype não está restrito a esse serviço. Desde 2011,
a ferramenta Skype in the Classroom (Skype na Sala de Aula) promove a
troca de experiências entre educadores e alunos do mundo todo. Na lista
de usuários há de estudantes de inglês a engenheiros da Nasa (agência
espacial americana).
O Skype na Sala de Aula é uma experiência do chamado
`crowdlearning`. No caso dos estudantes, a ferramenta possibilita
bate-papos com estrangeiros, que são convidados para dar conferências,
sem saírem da classe. De quebra, exige-se dos alunos conhecimentos tanto
orais quanto de escrita em inglês ou de outro idioma disponível.
A recente adesão ao Skype na Sala de Aula é da Nasa.
No lugar do professor tradicional, são os especialistas e os engenheiros
da agência espacial americana que explicam como funciona o universo.
A iniciativa, chamada de Nasa Digital Learning
Networking, dá preferência a escolas americanas, mas as internacionais
podem participar desde que tenham parceria com alguma instituição
daquele país.
Além da Nasa, a Microsoft, a Penguin Books, a Peace
on Day Education e o Museu de Ciências de Londres são também parceiros
do `Skype in the Classroom`, além de outras instituções.
Os temas são interessantes e focam assuntos gerais,
como o aquecimento mundial, e temas que fazem parte do cotidiano da
escola, como a merenda, os clubes de leitura em inglês e as aulas de
espanhol.
No Brasil
Educadoras da Cultura Inglesa, unidade em Petrópolis
(RJ), já testaram o Skype na Sala de Aula. A rede aposta no projeto
Digital Integration, que utiliza recursos digitais para ampliar a
vivência do idioma.
“O uso do sistema proporciona aos estudantes uma
oportunidade de desenvolvimento linguístico para além das quatro paredes
da sala de aula”, comenta a diretor-superintendente da Cultura Inglesa,
Maria Lucia Willemsens.
O grupo já conversou, por videoconferência, com
alunos de escolas dos EUA e do Canadá, compartilhando histórias sobre a
rotina de estudos, hábitos de vida e culturas diferentes. Tudo, claro,
em inglês.
Hoje os educadores que integram a rede social – a
participação brasileira ainda é baixa – ultrapassam os 4 mil. São eles
que postam as mais de 2.300 lições disponíveis.
Há também muita iniciativa solitária que não emplaca.
Para driblar esse problema, o site indica a quanto andas o interesse
geral (adesões de usuários) de uma aula ou grupo de discussão. E a busca
de usuários é feita por filtro por faixa etária (dos três anos em
diante), idioma ou áreas de interesse.
Como a ideia é agregar os quatro pontos do planeta,
existe até uma versão atualizada do Penpal, a rede para fazer amigos
fora do Brasil que, bem antes de a internet surgir, conectava
brasileiros a estrangeiros por meio de cartas enviadas pelo correio.
Para acessar o Skype na Sala de Aula, basta entrar no site education.skype.com e se logar com a conta tradicional do Skype.
Fonte: Uol Educação, por Cláudia Emi Izumi
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